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Escrita Criativa / Brincadeiras


Na Cozinha

Hoje vai ser uma brincadeira xP

Esta história trata um diálogo entre marido e mulher de um certo casal Português durante a hora de almoço.

Cortar a cebola; descascar as batatas, cortá-las em metades; pôr azeite e ligar a boca do fogão...

1- Já está pronto o almoço?

2- Não, ainda estou a começar.

1- Tenho de trabalhar daqui a hora e meia, despacha isso.

2- Sim... - Tenho de estar sempre a fazer-lhe o raio do almoço. Qualquer  dia peço-lhe que me venha ajudar. Já falei com muitos casais amigos, e nenhum me disse que era tão desapoiado nas lides domésticas.

Por a mesa: pão, talheres, copos, bebidas...Vinho, falta o vinho...

2- Amor, trás-me uma garrafa de vinho da caixa que está na despensa, estou com a mão no prato – Enquanto tu estás com o cu alapado no sofá!

1- Aqui está. – Deixou a garrafa em cima da mesa e apalpou o rabo de quem lhe fazia o almoço com gosto, de quem nunca lhe dizia não. –Está riginho, tens ido ao ginásio todos os dias?

2- Já te falei disso ontem. Sim, vou uma vez por dia, estou sem emprego e tenho que fazer alguma coisa por mim. – Arfou – Já estou a ver que pouco te importas comigo, não ouves o que eu digo.

1- Não é isso, é só que tenho tido tanto trabalho. Perguntam por mim o dia todo, requerem que tenha respostas imediatas, mas não sou de ferro. Chego ao fim do dia e não tenho mais forças. Desculpa se não te tenho correspondido. – Passou a mão no cabelo e encostou-se ao balcão, tentando galantear.

2- Vá, vá, não me tentes lubridiar. Bem, vai lá para a mesa. Queres tinto ou branco, o bacalhau dá-se bem com os dois e tu não tens grande predileção por um ou por outro.

1- Pode ser tinto.

Sentaram-se ambos à mesa e começaram a almoçar. Constança reparou na forma como Pedro estava calado. Era um facto que eles andavam numa mó de baixo da relação. Não tinham tempo um para o outro, e o trabalho não deixava gozar adequadamente as horas de descanso. Eram horas dominadas pelo futuro e passado, sobre o que fez e o que tinha a fazer, e nunca aproveitavam o momento. Tudo se passava a correr.

2- Vai lá. O que queres para o jantar?

1- Qualquer coisa, tu tens jeito para tratar de mim.

2- É por isso que me amas?

1- Não – disse, rindo-se – Amo-te porque sou vítima de mim mesmo; não consigo evitar  sentir atracção por ti, por achar doce a tua voz, por adorar o teu conforto, por me perguntar várias vezes ao dia o que andarás tu a fazer. Amanhã é Sábado, vamos descansar e fazer amor. Vamos passear e divertir, tudo será diferente; segunda-feira, tudo será igual.

Deram um beijo de despedida.

Fechou a porta e pensou para si: tenho de arranjar emprego!”

Devem ter reparado que não há forma de saber pelo género e pessoa da conversa quem é quem. Então, ao lerem isto, o que dizem as vozes nas vossas cabeças? Quais das falas pertencem ao homem? E à mulher? 

1 comentário:

  1. Bem... até se sentarem na mesa para almoçar não há dúvidas que o 1 é a mulher e o 2 é o homem!

    Quanto às últimas quatro falas o 1 é o homem ("porque sou vítima de mim mesmo; não consigo evitar sentir atracção por ti, por achar doce a tua voz")e o 2 a mulher!:p

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